sábado, 21 de março de 2020

Testemunho: No PEFI encontrei a verdadeira felicidade...

Este ano, para o projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a nossa turma, entre outras ideias, sugeriu que fizéssemos voluntariado, por exemplo num hospital ou num lar. Como não temos um horário muito flexível, e é ano de exames nacionais, essas ideais acabaram por ser postas de parte e optámos por desenvover o projeto  com os nossos colegas que frequentam o Centro de Aprendizagem e inclusão, na sala PEFI e no Espaço +, para que nos pudéssemos todos conhecer um pouco melhor e colaborar de alguma forma com estes colegas especiais, que precisam de se sentir incluídos, e nós precisamos de conhecer outras realidades e aprender a ser verdadeiros cidadãos.
E assim foi, a nossa turma começou a ir aos poucos, em pequenos grupos com três ou quatro elementos, assistir e fazer parte das suas aulas. Quando chegou a vez do meu grupo, senti-me um pouco nervoso, pois, embora já conhecesse alguns colegas de lá, seria completamente diferente estar no espaço deles e realizar atividades com eles.
Quando chegámos, os nossos colegas receberam-nos bastante bem, com sorrisos e talvez também com um pouco de vergonha e de seguida começámos a ajudar a "arrumar" o espaço, para a primeira atividade que realizámos. O principal objetivo foi conhecermos melhor cada um, ou seja, formando pares, tínhamos de falar um pouco de nós e aprender um pouco um do outro. A segunda atividade consistia em falarmos um pouco do que queríamos para o nosso futuro.
Com estas atividades percebi que alguns colegas do PEFI têm algumas dificuldades em se expressar e em memorizarem coisas, mesmo parecendo simples para nós, acabam por ser difíceis para eles. Percebi também que, mesmo tendo problemas (de vários níveis) e tendo a consciência disso, eles são felizes e gratos pelo que têm, querendo assim ajudar os outros, pois muitos dos sonhos deles estão relacionados com ser professor, trabalhar num lar de idosos…. 
Penso que nós, na nossa vida, queixamo-nos de tudo o que temos e não temos, não percebendo a sorte que realmente temos e que acabamos por não aproveitar bem as coisas que poderiam nos fazer verdadeiramente felizes. Eles sim, aceitando quem são e os seus próprios defeitos/dificuldades e, por isso, acabam por ser realmente felizes…

Bruno Passos, 11.º 1 CT

No PEFI - Prevenir o contágio do Coronavírus

No âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, visitei o espaço PEFI, uma sala situada no rés do chão do pavilhão D, da Escola Secundária Matias Aires. Naquele dia foi possível conhecer melhor alguns colegas com características especiais, embora já tivesse algum contacto com alguns, que frequentam a nossa escola.
Esta visita foi realizada depois da hora de almoço, por volta das 14:00h, do dia 02 de março - era o dia do meu aniversário e a Beatriz, uma menina muito carinhosa com todos, que conheço há algum tempo, por já ter sido minha colega de turma, ofereceu-me de presente um coração que desenhou, pintou e recortou durante o tempo que estive na sala.
Quando entrámos na sala alguns já estavam sentados e os outros foram chegando. Convidaram-nos para nos sentarmos junto a eles. Naquele dia eram, no total, oito meninos, cada um com dificuldades e habilidades diferentes. Fez-se uma breve apresentação individual, em que cada um de nós tinha de mencionar o seu nome, a idade e o curso frequentado. Depois de todos já se terem apresentado, começámos a atividade que estava prevista para aquele dia. O tema foi o Coronavírus; visualizámos um PowerPoint de sensibilização, com métodos de prevenção, foi explicado como há a transmissão do vírus e os cuidados a ter. Seguiram-se perguntas, da professora, para verificar se todos tinham entendido o que fazer, para não serem contaminados, como por exemplo lavar sempre as mãos, e bem,  não andar aos abraços e beijinhos, o que muitos gostam imenso de fazer, entre muitos outros conselhos e informações. Alguns não sabiam exatamente o que responder, mas tentaram, esforçaram-se, e eu valorizei mais o esforço do que a resposta em si, pois alguns são mais capacitados a responder do que outros, ou talvez estivessem com vergonha de responder, mas também admirei os que reponderam corretamente, pois demonstraram que estiveram atentos ao que lhes foi transmitido.
Num tempo letivo, houve também momentos de riso e interação, o que me deixou muito feliz, pois senti estes colegas felizes, mesmo percebendo as grandes dificuldades que apresentam.
Foi uma experiência incrível, que não irei esquecer. Não só pelo presente de aniversário, mas essencialmente por ter tido a oportunidade de conviver mais de perto com estes colegas especiais, que são tão diferentes, mas tão iguais a nós. 
Afinal todos nós temos as nossas fragilidades, mais visíveis ou menos, todos temos mais capacidades para umas coisas do que para outras, mas todos somos humanos que podemos ser atingidos pelo vírus Covid19 e a prevenção tem que nos unir.

Tuíla Silva, 11.º 1 CT

quinta-feira, 19 de março de 2020

PEFI: Uma experiência incrível e coração cheio!

No dia 20 de fevereiro do ano corrente tive a minha primeira experiência com os alunos do «Projeto Educativo de Formação Individual», mais conhecido por PEFI.
Foi uma hora dedicada à preparação de máscaras e disfarces para o carnaval, em que cada aluno era responsável pela preparação da sua própria máscara. Estas foram feitas com técnicas simples de moldes, como a do balão, por isso os materiais que foram usados para as decorar eram à base de purpurinas, fitas, bolinhas coloridas, etc.
Antes de se começar a atividade foi feito um jogo de apresentação, onde nos organizámos a pares. Dentro dos mesmos cada um tinha de fazer perguntas ao outro elemento, e decorar as suas respostas para no final apresentar o seu parceiro ao resto da turma. Eu fiquei com o aluno F., e as perguntas que fizemos foram: «como te chamas e que idade tens?», «o que queres ser quando fores grande?», «o que mais gostas na escola?» e «o que gostas de fazer?». Fiquei a saber que o F. gosta imenso da
escola para estar com os amigos, que adora atividades ao ar livre e que gostaria de ser futebolista.
Eu e o F. fizemos duas máscaras em trabalho colaborativo, ou seja, nenhum de nós trabalhava sozinho, ele dizia-me as suas ideias e eu apenas o ajudava a manipular os materiais, sobretudo as tesouras e colas. As máscaras ficaram cheias de brilhantes e cores porque, segundo ele, o carnaval tem de ter muita cor pois é muito divertido.
Embora pareça uma atividade muito simples, foi o suficiente para perceber o gosto destes meninos em trabalhar em conjunto e realizar atividades alusivas ao tema da época. Senti-me de coração cheio, pois receberam-nos da melhor forma possível, e, em muito pouco tempo, mostraram uma enorme alegria por nos ter lá.
A parte que mais me tocou foi quando me apercebi que a escola é a melhor realidade destes meninos, que todos adoram ir para a escola por ser o único espaço onde podem ter esta interligação toda, onde têm as suas melhores amizades e onde se sentem integrados.
Foi uma experiência incrível por poder trabalhar com pessoas da minha idade, colegas de escola, e que apesar de terem uma realidade muito diferente da minha,  não deixam de ser muito humanos, com a sua própria personalidade e gostos.

Mariana Silva, 11.º 1 CT

quarta-feira, 18 de março de 2020

Mais um Testemunho: Incluir é abraçar... e ser cidadão!

Viver e Partilhar (n)a Inclusão é o projeto da turma 11.º 1 CT, no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento. Queremos perceber quais as diferenças e dificuldades dos alunos com necessidades especiais, incluí-los mais na escola, queremos que eles se sintam abraçados por nós e por todos, queremos interagir e conhecer a maioria dos alunos e percebermos quais as diferenças e dificuldades destes alunos, para podermos cooperar.
O C.A.A. (Centro de Apoio à Aprendizagem) tem várias valências: o PEFI, onde têm aulas os nossos colegas com  Projeto Educativo de Formação Individual, são alunos com limitações (motora, visão, auditiva, cognitiva, saúde física e linguagem) - o objetivo é preparar os alunos para a vida pós-escolar; O Espaço + é onde se encontram alunos com limitações mais severas, ali promove-se o bem-estar, a estimulação dos sentidos e a autonomia (possível). Até ao momento só frequentámos o espaço PEFI.
A turma dividiu-se em pequenos grupos e visitou os colegas do espaço PEFI. Com eles realizámos varias atividades, sempre com um intuito de eles desenvolverem capacidades e de os preparar para a vida após a escola. Fomos muito bem recebidos, e gostámos imenso de estar com eles. O que sentimos é quase inexplicável, pois passámos a conhecer a realidade daqueles alunos e as suas dificuldades, que existem todos os dias.
Acabamos por perceber a sorte que temos e por entender que não damos valor ao que temos.
As professoras de ensino especial são incríveis e cada aluno tem um programa pois alunos diferentes requerem atividades e aprendizagens diferentes, mas todos em interação e cooperação.
Esta primeira ida ao PEFI foi para nos conhecermos, pois iremos  realizar outras atividades, construídas por nós, de preferência relacionadas com as nossas disciplinas, de Ciências e Tecnologias, que possam adaptar-se a estes colegas.
A turma 11.º1 CT já tinha, no ano passado, realizado um projeto de Cidadania e Desenvolvimento. Fizemos a dramatização de um dilema moral. Uma médica e um paciente que contraiu VIH, viveram um grande dilema. O paciente, após trair a sua mulher, contraiu VIH, mas não quer contar à esposa o sucedido, deixando a médica num dilema bastante complexo. Apresentámos a dramatização, por duas vezes, a várias turmas da escola, sendo que o público fez parte do dilema, pois foi chamado a participar e discutir os valores em causa, bem como a decisão.
Este nosso novo projeto assemelha-se ao do ano letivo passado, pois está a permitir-nos interagir com outros colegas da escola, ou seja a aprendermos a ser cidadãos.

Rui Bernardo, 11.º 1 CT

PEFI: Felicidade e Empatia

Ir ao PEFI foi uma das melhores experiências que vivi até hoje. Não me importaria de passar lá mais tempo e poder ir lá mais vezes.
No dia que entrei no PEFI aqueles meninos, nossos colegas, fizeram-me ver a vida de outra maneira, pois com eles aprendi que apesar de todas as diferenças/limitações, que trazem dificuldades,mas que enfrentamos na vida, isto não pode nos impedir de ser feliz. Eu senti ali meninos e meninas felizes, mesmo sendo alunos com necessidades especiais.
Uma das coisas que mais gostei de ouvir lá foi quando um menino disse que o sonho dele é que ninguém nascesse com deficiência, o que me tocou muito. Pensei então que se estivesse no lugar dele esse também seria o meu sonho, mas mesmo não tendo limitações como eles, também gostaria que não houvesse crianças com estes problemas, mas se há, então temos que ser felizes com eles, incluí-los na sociedade, ajudá-los e compreendê-los.
Uma lição que aprendi é que devo reclamar menos e agradecer mais, e, acima de tudo, sentir empatia pelas pessoas à minha volta.

Tcholana Gomes, 11.º 1 CT

terça-feira, 17 de março de 2020

Depoimento: Aprender a SER melhor PESSOA

O projeto de Cidadania e Desenvolvimento  foi pensado em conjunto, ou seja, os alunos foram ouvidos e o conselho de turma também deu sugestões. Inicialmente surgiram bastantes ideias, nomeadamente: voluntariado em hospitais, lares, ou ajudar no banco alimentar.
Tendo em conta o nosso horário e disponibilidade, decidimos colaborar com quem está mais próximo de nós: os nossos colegas especiais, que frequentam o Centro de Aprendizagem e Inclusão, na sala PEFI e no Espaço +, para convivermos e ajudarmos estes colegas diferentes.
Assim, em pequenos grupos, já passámos pela sala do PEFI com o objetivo de desenvolvermos atividades com os jovens com necessidades especiais…
Inicialmente pareceu-me bastante simples, pois já tinha convivido com jovens com necessidades especiais tendo em conta que a minha mãe trabalha no CECD (Centro de Educação para o Cidadão
com Deficiência). Considerei desde logo que seria uma experiência enriquecedora para todos, tanto para mim como para os colegas do PEFI. No entanto, surgiram-me algumas dúvidas como: O que iria fazer? Como me iria dirigir àqueles jovens? Como iria trabalhar em equipa com eles? Percebi que tinha de passar à prática, a inclusão não é só ver estes colegas e dizer-lhes “Bom dia”, é também conviver e partilhar com eles, momentos lúdicos e de aprendizagem.
Quando entrei na sala, senti-me bem recebido por aquele grupo que nunca tinha trabalhado comigo, de imediato pensei retribuir aquele afeto. Dividimo-nos por pares e tentei conhecer melhor o outro
colega, perguntei-lhe o nome, o que gostava de fazer nos tempos livres e sobre o que ele mais gostava. Percebemos que temos um gosto em comum, o futebol! A partir daí tudo se tornou mais fácil, ambos ficámos mais à vontade, e iniciámos a tarefa proposta.
No final de toda aquela experiência de partilha e de trabalho de grupo senti que o meu colega apesar de todas as suas dificuldades é um jovem cheio de força, que as nossas diferenças não estão assim tão distanciadas porque tinha-me concentrado no que ele era capaz de fazer, e não nas suas dificuldades.
Foi interessante o facto de esta pequena experiência nos dar a ambos uma sensação de felicidade, de estarmos a criar laços e a melhorar a cidadania (ativa e não teórica), pois aqui há uma diferença essencial: passar porestar com.
Através desta experiência, do projeto de cidadania, podemos ser, para além de melhores alunos, melhores pessoas, a começar com aqueles que estão ao nosso lado todos os dias.

Bernardo Santos, 11.º 1 CT

Testemunho: Fui bem recebida, diverti-me e refleti muito...

Quando fui ao PEFI, não estava à espera de ser bem recebida, porque tinha o pressentimento que os colegas achariam que estava a invadir o espaço deles.
Mas ao contrário do que receava, fui bem recebida, com muitos abraços e sorrisos.
Diverti-me imenso com as atividades, mas também consegui perceber a sorte que tenho na vida por não ter, por exemplo, problemas ao expressar as minhas emoções, por conseguir falar, memorizar e não ter outras limitações.
Por mais problemas que tenhamos somos uns sortudos por conseguir fazer uma conta de somar em segundos, por conseguirmos falar e até mesmo andar.
Fizemos alguns jogos, tais como uma corrida em que precisávamos de um par e tínhamos que segurar um livro com a testa e tentar chegar em primeiro lugar; jogámos ao jogo das cadeiras em que a cada ronda que passava tirávamos uma cadeira mas ninguém podia sair, ou seja, tínhamos que arranjar espaço para toda a gente, mesmo só com uma cadeira, de modo a todos poderem continuar a participar; porque esse era o objetivo da atividade, todos participarem e todos ganharem, ninguém perder nem ficar de fora (inclusão).
O que mais me tocou, sinceramente, foi o facto destes colegas serem imensamente felizes independentemente dos problemas/limitações que têm e da discriminação que vivem todos os dias, por terem uma deficiência de que nem sequer são culpados. E o que é mais "incrível" é que fui melhor recebida por eles do que pela maioria das outras pessoas na escola...
Com a ida ao PEFI consegui mudar a minha forma de ver o mundo; realmente somos egoístas e insensíveis, ao pensarmos, tantas vezes, que um  problema mínimo nos pode arruinar a vida, enquanto eles têm que lidar com grandes problemas todos os dias, estas sim são as pessoas que têm uma grande vontade de viver; devemos por os olhos nelas e aprender com estes colegas especiais.

Inês Santos, 11.º 1 CT

Testemunho: Aprender e sentir intensamente!

Em primeiro lugar quero dizer que me sinto muito mais sensibilizada e envolvida com o projeto de Cidadania e Desenvolvimento deste ano letivo, do que com o do ano passado.
O projeto anterior foi bastante divertido, embora o assunto fosse sério. Foi a dramatização de um dilema, entre um paciente e uma médica. O paciente tinha apanhado uma STD (no caso HIV), através de uma traição, mas não queria contar à esposa o seu estado de saúde, nem a traição. A médica estava num dilema moral pois tinha de escolher entre contar à mulher do paciente o seu estado de saúde (estaria a quebrar o sigilo profissional) ou não contar nada à senhora e pôr a vida dela em risco (quebrando assim a promessa que fez em tentar sempre salvar o maior número de vidas possível).
Eu adoro fazer dramatizações (fiz de médica) e, ainda por cima, essa estava ligada a uma área na qual eu estou bastante interessada (área da saúde). O projeto tocou em inúmeros assuntos, importantíssimos, como os Valores Morais, a Ética e ajudou a lecionar alguns conteúdos de 10.º ano, através do tal dilema moral. No entanto, foi um projeto pouco pessoal. Envolveu poucas pessoas, por isso, sinto que foi um esforço de cinco ou seis pessoas (alunos e professora) que, no fim, acabou por tocar pouco a nossa sensibilidade, embora a apresentação da dramatização, por duas vezes, à comunidade escolar, a várias turmas, tivesse alcançado os objetivos.
Mas para mim, o projeto deste ano promete...
Vamos ter a possibilidade de passar um bom tempo com os alunos com deficiências motoras, mentais e outras limitações. Eles são todos meninos tão doces!!
Já fui a uma visita ao PEFI. Adorei! Apesar de já conhecer pessoalmente a maioria dos alunos e conhecer outros de vista, foi maravilhoso. Fiquei super emocionada ao ouvir que os sonhos e desejos destes meninos eram todos tão simples como ajudar os outros: fosse a atender ao público, ser assistente num lar de idosos ou trabalhar numa creche. Todos eles, que em princípio precisariam de mais ajuda, são os primeiros a oferecê-la, de uma forma muito humilde e corajosa. Adorei ouvir um dos meninos com maiores dificuldades a tentar falar na vez dos outros para mostrar que os conhecia e
que sabia as respostas; falar com uma das meninas que conheço há mais tempo e descobrir coisas que não sabia sobre ela; ouvir outro menino revoltar-se contra o futebol português…
Todos estes momentos aqueceram-me o coração e eu mal posso esperar para ir à sala do Espaço+.
Este projeto é muito mais pessoal/envolvente porque ao irmos ter com estes alunos e vermos as expressões de pura felicidade deles, pelo simples facto de estarmos ali sentados com eles a ouvi-los, sentimo-nos logo mais cheios por dentro, com vontade de aproveitarmos tudo o que temos da forma que temos e de não sermos ingratos, nem egoístas. É exatamente por vermos pessoas diferentes de nós e de estarmos com elas, convivermos diretamente, que vamos aprender e sentir mais intensamente.

Joana Gonçalves, 11.º 1 CT

Testemunho: Como a Escola é sinónimo de felicidade...

Quando fui ao PEFI (espaço que acolhe colegas especiais da nossa escola), no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, consegui perceber melhor quais as dificuldades/diferenças de cada um dos meninos e o que é ser feliz para aqueles alunos tão especiais da nossa escola.
Enquanto lá estive, ajudei a finalizar uma tarefa que eles tinham começado para a semana dos afetos. A atividade era bastante simples, consistia em recortar um coração de papel e colocar no centro a seguinte pergunta: “ o que é que te faz feliz?”. Com as respostas de cada um dos alunos, incluindo o aluno que ajudei, deu para perceber que estar na escola é o principal motivo da felicidade dos nossos colegas. De facto, após refletir sobre o assunto, fez todo o sentido as respostas por eles dadas, visto que a escola é o lugar onde eles estão com os amigos e desenvolvem várias atividades benéficas, como a da semana dos afetos, que apesar de nos parecer bastante simples e “banal”, pode ser complicada e complexa para estes colegas especiais… mas apesar de tudo, eles mostram-se sempre muito alegres e satisfeitos ao executar as atividades.
Isto mostrou-me que com aquilo que nós chamamos “pouco”, os meninos do PEFI conseguem adaptar cada situação à sua maneira, de modo a criar um momento de satisfação e felicidade ao realizar determinada tarefa e conseguir superá-la, por mais simples que nos pareça.
Concluindo, conviver com os meninos especiais na nossa escola foi bastante emocionante e surpreendente, principalmente por ver a maneira como eles abraçam os desafios e não desistem facilmente. Isto fez-me pensar que realmente podemos evitar bastantes problemas que achamos que temos e o quão egoísta somos por não darmos valor ao que temos, visto que nunca estamos satisfeitos com aquilo que temos e nem sequer pensamos nas pessoas ao nosso redor, que podem estar em situações bem piores que a nossa.
Com isto, quero dizer que devíamos aprender a olhar para a vida como os meninos do PEFI: sempre com um sorriso na cara e gratos pelo que têm e são.
Esta experiência foi, sem duvida, uma aprendizagem que levo para a vida, pois na verdade: somos todos felizes e não sabemos.

Amina Vali, 11.º1 CT

Testemunho: ir ao PEFI deixou-me nervoso...

A nossa turma, este ano letivo, tem como trabalho de Cidadania e Desenvolvimento, conhecer o Centro de Aprendizagem e colaborar nas atividades. Começámos pelo PEFI, uma sala  onde estão alunos com necessidades especiais.
Organizámo-nos em pequenos grupos, de no máximo quatro elementos.
Inicialmente, quando chegou a minha vez de ir, senti-me nervoso, pois não tinha a certeza se iria conseguir integrar-me e comunicar facilmente com aqueles colegas, sendo que temos experiências de vida tão diferentes. Embora o meu receio inicial tenha sido constante, até que começámos a trabalhar juntos, notei logo que o espaço era extremamente acolhedor e isso pôs-me mais tranquilo. Como eu fiquei a trabalhar com o António, que eu já conhecia, eu achei que ia ser fácil, mas depois lembrei-me que ele não consegue falar e isso preocupou-me ainda mais - como é que eu podia saber se ele estava a gostar do origami que estávamos a fazer se não conseguia compreender os seus sons, que é o meio de ele comunicar? Mas afinal veio a provar-se que os meus receios eram desnecessários, pois até que conseguimos comunicar muito bem, embora ele não consiga pronunciar palavras, ele é muito expressivo e entendi-o, por isso penso que conseguimos criar um origami em que ambos ficámos satisfeitos.
Resumindo, eu gostei muito do tempo que passei no PEFI e isso fez-me ter um ponto de vista diferente sobre aqueles alunos, que são meus colegas de escola; embora tenham muitas dificuldades,  pois têm muitas limitações, também têm muitas capacidades, pois são muito expressivos e não deixam que essas características "de diferença" interfiram na sua vontade de serem felizes.
É admirável o trabalho e o esforço que estes alunos fazem todos os dias. Temos muito que aprender com eles.
Esta experiência permitiu-me pensar mais no que somos, como nos vemos e o quanto é importante conhecer os outros e refletirmos sobre nós e na relação que temos com a diferença.

Vasco Villas Boas, 11.º 1 CT

Depoimento: Todos diferentes mas todos iguais!


Este ano, para o projeto de Cidadania e Desenvolvimento escolhemos conhecer o Centro de Aprendizagem e desenvolver um projeto com os nossos colegas da turma do PEFI, que consiste em conhecermo-nos melhor e aprendermos a aceitar as diferenças, entre outros objetivos de cidadania ativa, como o voluntariado.
Para começar, organizámo-nos em pequenos grupos, para começarmos a visitar o espaço PEFI, sem perturbar muito as atividades que ali decorrem. Quando entrámos na sala, alguns dos alunos já nos conheciam pelo que ficaram muito contentes em ver-nos. A primeira atividade foi a de apresentação, onde em pares tínhamos de fazer perguntas uns aos outros para nos conhecermos melhor. O meu par foi um aluno com dificuldades motoras, que não consegue falar, mas comunica e gosta de comunicar. Apesar das suas dificuldades consegui saber mais pormenores da sua vida e ele da minha.
A segunda atividade consistia em trocarmos de par, falarmos dos nossos sonhos e do que queríamos para o futuro.
Com estas atividades pude ver as dificuldades de cada um, de memorização, de comunicação, a capacidade de se conseguirem expressar e dizerem o que sentem…. Quanto aos sonhos destes alunos ia desde ser jogador de futebol profissional a trabalhar numa loja de centro comercial, num lar e ser professor. Estes alunos tinham todos algo em comum: querer ajudar os outros, pois apesar das suas limitações, sentem que podem mudar o mundo, através das suas ações.
Apesar de todos os obstáculos no dia-a-dia deles, consegui perceber que são felizes com muito pouco, pois o simples facto de irem para a escola e passarem tempo com os amigos já os deixa muito felizes.
Estou a gostar muito de participar neste projeto, pois faz-nos refletir sobre nós e as nossas ações.
Se todas as pessoas aprendessem a viver com as diferenças uns dos outros, o mundo seria mais feliz e unido. Nós que temos a oportunidade de irmos à escola e aprender, somos uns privilegiados, pois podemos seguir os nossos sonhos sem grandes restrições, viver sem limitações de maior, mas a maior parte das vezes somos egoístas, não sabemos aproveitar a sorte que temos e não damos valor ao que devíamos dar, pois só pensamos em bens materiais, sem perceber que o que fica para a vida são as boas ações, aventuras e momentos que passamos uns com os outros.
Afinal, somos todos iguais na diferença.


Carlota Costa, 11.º 1 CT

Mais um Testemunho: conhecer a diferença faz-nos pensar!

Tal como no ano passado, este ano estamos a realizar um projeto no âmbito da Cidadania e Desenvolvimento.
Este ano, o projeto está a ser realizado com os nossos colegas do Espaço + e do PEFI. Este projeto está a ser muito bom, pois nós podemos ver um bocadinho como são as aulas destes colegas, visto que são bastante diferentes das nossas, pois eles são pessoas diferentes.
Quando fui ao PEFI realizámos uma atividade muito interessante: foi  apresentarmo-nos uns aos outros, a pares, e fazermos perguntas uns aos outros, definidas pela professora de educação especial; nós respondíamos ao nosso par e depois tínhamos que nos apresentar uns aos outros, a todo o grupo. Eu fiquei com um menino. Foram feitas as seguintes perguntas: «Qual é o vosso maior sonho?», «O que querem fazer quando acabarem a escola?».
Eu respondi primeiro ao meu colega e depois foi a vez de ele responder. Eu fiquei muito surpresa com a sua resposta, ele disse: « Eu gostava de ser jogador de futebol mas sei que não posso, por isso eu quero ajudar as pessoas, quero trabalhar num lar de idosos.». A resposta dele deixou-me mesmo comovida, saber que ele não poderá fazer aquilo com que sempre sonhou, mas mesmo assim contentar-se e decidir que se não pode fazer aquilo, quer ajudar pessoas. Isto mostra que estes meninos são mesmo especiais e não apenas pelas suas condições, mas sim pelo seu coração, não há maldade neles e os sorrisos são fáceis.
Isto fez-me pensar, e fez-me, também, sentir um pouco mal, pois nós passamos dias e dias a queixarmo-nos de coisas que não têm importância, enquanto tudo o que estes meninos querem é ajudar os outros e serem felizes.
Este projeto está a ser ótimo, e eu estou a gostar muito de conhecer as diferentes realidades que nos rodeiam e a que nem sempre estamos atentos.

Beatriz Afonso, 11.º 1 CT

Mais um testemunho: viver a felicidade...

Após a ida do meu grupo ao PEFI, refleti um pouco sobre a experiência. 
Primeiro quero realçar o facto de eu ter gostado muito desta atividade; de facto, logo após a saída apetecia-me era voltar para lá e nem me importaria de ir mais vezes, mas tenho as minhas aulas e não posso esquecer-me disso. 
Depois de ter estado naquele ambiente tão caloroso, percebi que alguns daqueles meninos e meninas têm muitas dificuldades, sejam motoras ou na comunicação, mas todos têm algo em comum, que é a emoção (afetividade) e transparência. Por mais pequenas que sejam as coisas realizadas eles ficam todos contentes, neste caso foi com origami, o facto de eles terem estado connosco e terem feito origami foi suficiente para a sua felicidade (e para a minha). 
Com esta vivência percebi que estes meninos e meninas têm mais bom senso que nós, isto é, focam-se sempre em se divertirem e aprenderem, apesar dos seus problemas. Focam-se sempre em serem felizes e aproveitam todos o momentos que têm e tudo o que têm e sinto-me realizado por fazer parte deste projeto e contribuir para a felicidade destes colegas especiais.

Alexandre Almeida, 11.º 1 CT

Testemunho da relação com os alunos/colegas do PEFI

Quando estive no PEFI, naquele curto espaço de tempo em que convivi com os colegas do PEFI, reparei no que eles disseram e como agiram e notei que eles acabam por serem muito mais felizes, mais “puros” e honestos. Por exemplo, eu estive com uma colega do PEFI e enquanto estive a falar com ela, eu reparei na forma como ela falava comigo, havia transparência. 
Aquilo com que fiquei mais sensibilizado foi quando ela contou que gostava mais de ir para a escola e estar com os seus amigos do que ficar em casa. 
Nós nem sempre damos valor a nós mesmos, nem à felicidade, e digo isto porque mesmo com as limitações e dificuldades que eles apresentam eles mostram-nos que, mesmo com essas características, eles conseguem ser até mais felizes do que nós e é isso que me deixa mais pensativo sobre o quanto egoístas somos. 
Quando saí senti-me contente, preenchido, por ter tido a oportunidade de realizar esta atividade e senti que criei uma amizade verdadeira com os colegas do PEFI.

Rodrigo Cruz 11-º 1 CT

domingo, 15 de março de 2020

Mais um Depoimento: As diferenças também nos unem!



Assim que entrei no espaço foi-me pedido para ajudar um dos meninos que lá estava, a acabar a sua tarefa para a semana dos afetos, tratava-se de um coração feito em cartolina com a seguinte pergunta: “O que é que te faz feliz?” O menino que ajudei respondeu: “Estar na escola”. Quando li a sua resposta comecei a refletir e percebi o quanto aqueles meninos são felizes na escola, ou seja com tão pouco (aparentemente).
Resultado de imagem para imagens sobre a diferençaFaz parte do nosso projeto de Cidadania e Desenvolvimento, irmos ao PEFI, um espaço que acolhe os nossos colegas especiais, com várias deficiências: motoras, de fala, entre muitas outras. A nossa visita a este espaço tem como propósito ajudar (voluntariado), mas essencialmente percebermos a diferença do nosso dia-a-dia comparada com a destes meninos, dentro do espírito de uma cidadania ativa.
O brilho do olhar de cada um deles fez-me perceber que realmente nós andamos sempre a lamentar-nos sem sequer termos a mínima noção do que se passa ao nosso redor; há pessoas tão mais necessitadas que nós e que nem por um segundo se queixam da vida que têm, pelo contrário,  simplesmente agradecem e mostram-se cheios de energia e alegria. Cheguei à conclusão que nós somos pessoas muito egoístas e que estamos sempre a pensar em bens materiais, que é o que nos satisfaz, mas quando a nossa vida na terra chegar ao fim não levamos nada connosco, por isso devíamos agradecer mais vezes e não nos queixar tanto por coisas mínimas, apenas procurar a felicidade naquilo que temos e respeitar as diferenças uns dos outros e se possível colaborar.
A visita a este espaço foi sem dúvida essencial para refletirmos e percebermos que as diferenças também nos unem.

Raquel Neto - 11.º 1 CT

sábado, 14 de março de 2020

Depoimento: PEFI - Colegas especiais e com valor!

Ir ao PEFI e estar com aqueles meninos, nossos colegas de escola, que são tão especiais, é muito gratificante, pois todos aprendemos uns com os outros.
Gostei muito de estar com eles, pois entendi um pouco das suas rotinas e trabalhos. Penso que foi uma experiência útil para a minha vida, pois aprendemos a respeitar-nos mutuamente e a aceitar as diferenças pois, para mim é isso que nos une - todos somos pessoas.
Estes colegas especiais (com alguma deficiência), têm a parte humana e afetiva mais desenvolvida.
Parece-me que o nosso projeto foi uma ideia muito boa, da nossa parte, pois é uma atividade bastante inclusiva e muito produtiva para ambas as partes porque interagimos diretamente, damos a conhecer uma parte de nós, eles dão-se a conhecer e ao mesmo tempo há uma maior integração/inclusão.
Se todos déssemos um pouco de nós aos outros, especialmente a quem mais precisa, o Mundo seria muito melhor para todos - não tenho dúvidas.
Esta nossa iniciativa é louvável pois nem toda a gente é capaz de interagir, sem preconceitos, com estes jovens, nem todos têm a coragem que a nossa turma está a ter, em dedicar parte do seu tempo precioso para contribuir para a felicidade destes colegas do PEFI.
Estes meninos, na escola, são felizes, mesmo reconhecendo que têm dificuldades.
É nestas alturas que percebemos o quão ingratos somos quando nos queixamos de algumas coisas, muitas vezes insignificantes, que nos acontecem no dia a dia.
Resultado de imagem para inclusão imagensNós, às vezes, mostramos cansaço e não nos apetece ir à escola, mas estes meninos especiais adoram estar na escola, pois também é um ambiente onde se sentem bem tratados, acolhidos e integrados.
Concluindo, estou a gostar deste projeto e concordo plenamente com a inserção destas pessoas na sociedade.
Deixa-me feliz saber que muitos deles vão frequentar estágios, o que quer dizer que, mesmo com a ausência de algumas capacidades, ao fazerem esse trabalho, desenvolvem competências que os ajudam a integrar-se, um dia mais tarde, no mercado de trabalho de modo a ganharem alguma autonomia e independência para o seu futuro.
O importante é sentirem-se úteis, pois têm valor, independentemente do que os outros possam pensar sobre eles.

Madalena Costa, 11.º 1 CT

quinta-feira, 12 de março de 2020

Mais um Depoimento - Ganhar novos AMIGOS e ser FELIZ!

No dia em que fui ao PEFI para conviver com os alunos que o frequentam fiquei realmente surpreendida.
Desde que começámos este projeto de cidadania e desenvolvimento fiquei logo feliz por poder conviver e ajudar os colegas do PEFI, mas estava com a esperança que quando tivesse com eles seria apenas um tempo onde entenderia as suas dificuldades.
Apesar de não ter estado lá muito tempo serviu para ficar a pensar muito sobre a nossa vida. Todos aqueles meninos me pareceram realmente felizes por estarem na escola e ao pé dos seus amigos e todos nos acolheram muito bem, sem pensar duas vezes, e com uma alegria imensa.
Cada minuto que passei no PEFI entendi que na verdade nós somos pessoas que não damos valor a nada, senti que aqueles meninos apesar de terem os seus problemas eles não desistem e conseguem transmitir às pessoas à sua volta uma imensa alegria.
Senti-me bastante bem acolhida em todas as atividades que realizámos e saí de lá a pensar que os meus problemas, na verdade não são bem problemas, são só tempestades que faço 
num copo de água.
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Todos aqueles meninos conseguiram mostrar que o mais importante na vida é sermos felizes com o que temos, não importa as nossas dificuldades.
Todos nós já pensámos que nos conseguíamos ver no lugar daqueles alunos/colegas e eu sempre pensei isso, mas quando estive no PEFI entendi que nunca tinha visto as coisas da maneira correta e que aqueles meninos têm uma força de vontade enorme e que se fosse eu no lugar deles não faria nem metade e não teria nem metade da alegria deles.
Acho que conhecer o PEFI foi algo que realmente mudou a minha vida e todas as pessoas que consigam ter essa experiência devem tentar, porque realmente deixa-nos com uma maneira de ver a vida completamente diferente.
Para ser sincera depois da ida ao PEFI sinto que ganhei novos amigos e aprendi muito para a vida. A felicidade é muito relativa!

Carolina Marcelino - 11.º 1 CT

terça-feira, 10 de março de 2020

Depoimento de uma aluna: Aprender com os colegas especiais!




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"Quando visitei o espaço PEFI e convivi, durante aquele curto espaço de tempo, com aqueles colegas, compreendi que a grande maioria de nós, inclusive eu, somos realmente muito egoístas, tivemos a sorte de nascer sem quaisquer limitações mas ainda assim a única coisa que somos capazes de fazer é sempre lamentar-nos pelo que não temos em vez de dar-mos valor ao que temos. Estes alunos vivem com limitações todos os dias, mas ainda assim são gratos por tudo o que têm, por mais mínimo que seja, desde os seus amigos até ao facto de poderem ir à escola (de que tanto gostam). Sempre que passo por algum deles na escola estão com um sorriso na cara e isso é algo que me enche o coração porque, honestamente, se fosse eu na situação de alguns deles não sei se seria capaz de ser assim tão feliz e grata por tudo o que tenho ao ponto de nem sequer me lembrar do que não tenho. Espero que todos coloquem os seus olhos nestes alunos porque eles são um grande exemplo a seguir e temos muito que aprender com eles."


Rita Vieira - 11.º 1 CT


quarta-feira, 4 de março de 2020

OS COLEGAS PEFI QUEREM MAIS... (mensagem da DT aos alunos do 11.º 1 CT)

Caros alunos/caras alunas
Sei que não tem sido fácil desenvolver este projeto com os vossos colegas do PEFI, especialmente porque o vosso horário é muito "cheio" (só têm uma tarde livre na semana), este ano têm exames nacionais, têm sempre imensos trabalhos de todas as disciplinas, lutam por boas classificações, mas o facto é que aceitaram este desafio de relação com estes colegas especiais, com um sorriso e com muita vontade de aprenderem, de ensinarem e de partilharem. Tenho estado com vocês nas atividades e interação e não posso estar mais orgulhosa do vosso trabalho e dedicação.
Mas vamos à razão desta mensagem. A Beatriz, a nossa Beatriz, colega do PEFI, ganhou confiança comigo (já sou amiga e outras vezes mãe adotiva) e temos conversado muito (para além dos inúmeros abraços e beijinhos, claro). Ela tem o coração cheio. É uma menina especial, tão especial que trata várias de vocês por filhas adoptivas e alguns de vocês por sobrinhos... e diz-me isto com um sorriso aberto e genuíno, mas com convicção. Então o que quer a Beatriz? A Beatriz quer organizar um almoço com a turma, diz ela que quer que seja surpresa e pediu-me ajuda, pois quer que seja segredo.
Agora já entenderam a razão da minha mensagem. Não podemos desiludir a Beatriz e os colegas do PEFI. Temos que organizar um almoço com estes colegas especiais.
Vamos tratar deste evento? Vamos convidar as professoras de todo o Conselho de Turma, para participarem? Teremos, também, que falar com as professoras do PEFI, claro.
Aceitam o desafio e vamos dar mais este passo de partilha e inclusão?
Conto com a vossa sensibilidade, com o vosso enorme coração e respeito.
Aguardo resposta.
A vossa Diretora de Turma
Paula Silva

Um Novo Mundo na Educação e na Vida... E as saudades do abraço! A situação atual que a humanidade está a viver trouxe ao mundo uma nova...