sábado, 21 de março de 2020

Testemunho: No PEFI encontrei a verdadeira felicidade...

Este ano, para o projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a nossa turma, entre outras ideias, sugeriu que fizéssemos voluntariado, por exemplo num hospital ou num lar. Como não temos um horário muito flexível, e é ano de exames nacionais, essas ideais acabaram por ser postas de parte e optámos por desenvover o projeto  com os nossos colegas que frequentam o Centro de Aprendizagem e inclusão, na sala PEFI e no Espaço +, para que nos pudéssemos todos conhecer um pouco melhor e colaborar de alguma forma com estes colegas especiais, que precisam de se sentir incluídos, e nós precisamos de conhecer outras realidades e aprender a ser verdadeiros cidadãos.
E assim foi, a nossa turma começou a ir aos poucos, em pequenos grupos com três ou quatro elementos, assistir e fazer parte das suas aulas. Quando chegou a vez do meu grupo, senti-me um pouco nervoso, pois, embora já conhecesse alguns colegas de lá, seria completamente diferente estar no espaço deles e realizar atividades com eles.
Quando chegámos, os nossos colegas receberam-nos bastante bem, com sorrisos e talvez também com um pouco de vergonha e de seguida começámos a ajudar a "arrumar" o espaço, para a primeira atividade que realizámos. O principal objetivo foi conhecermos melhor cada um, ou seja, formando pares, tínhamos de falar um pouco de nós e aprender um pouco um do outro. A segunda atividade consistia em falarmos um pouco do que queríamos para o nosso futuro.
Com estas atividades percebi que alguns colegas do PEFI têm algumas dificuldades em se expressar e em memorizarem coisas, mesmo parecendo simples para nós, acabam por ser difíceis para eles. Percebi também que, mesmo tendo problemas (de vários níveis) e tendo a consciência disso, eles são felizes e gratos pelo que têm, querendo assim ajudar os outros, pois muitos dos sonhos deles estão relacionados com ser professor, trabalhar num lar de idosos…. 
Penso que nós, na nossa vida, queixamo-nos de tudo o que temos e não temos, não percebendo a sorte que realmente temos e que acabamos por não aproveitar bem as coisas que poderiam nos fazer verdadeiramente felizes. Eles sim, aceitando quem são e os seus próprios defeitos/dificuldades e, por isso, acabam por ser realmente felizes…

Bruno Passos, 11.º 1 CT

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