O projeto de Cidadania e Desenvolvimento foi pensado em conjunto, ou seja, os alunos foram ouvidos e o conselho de turma também deu sugestões. Inicialmente surgiram bastantes ideias, nomeadamente: voluntariado em hospitais, lares, ou ajudar no banco alimentar.
Tendo em conta o nosso horário e disponibilidade, decidimos colaborar com quem está mais próximo de nós: os nossos colegas especiais, que frequentam o Centro de Aprendizagem e Inclusão, na sala PEFI e no Espaço +, para convivermos e ajudarmos estes colegas diferentes.
Assim, em pequenos grupos, já passámos pela sala do PEFI com o objetivo de desenvolvermos atividades com os jovens com necessidades especiais…
Inicialmente pareceu-me bastante simples, pois já tinha convivido com jovens com necessidades especiais tendo em conta que a minha mãe trabalha no CECD (Centro de Educação para o Cidadão
com Deficiência). Considerei desde logo que seria uma experiência enriquecedora para todos, tanto para mim como para os colegas do PEFI. No entanto, surgiram-me algumas dúvidas como: O que iria fazer? Como me iria dirigir àqueles jovens? Como iria trabalhar em equipa com eles? Percebi que tinha de passar à prática, a inclusão não é só ver estes colegas e dizer-lhes “Bom dia”, é também conviver e partilhar com eles, momentos lúdicos e de aprendizagem.
Quando entrei na sala, senti-me bem recebido por aquele grupo que nunca tinha trabalhado comigo, de imediato pensei retribuir aquele afeto. Dividimo-nos por pares e tentei conhecer melhor o outro
colega, perguntei-lhe o nome, o que gostava de fazer nos tempos livres e sobre o que ele mais gostava. Percebemos que temos um gosto em comum, o futebol! A partir daí tudo se tornou mais fácil, ambos ficámos mais à vontade, e iniciámos a tarefa proposta.
No final de toda aquela experiência de partilha e de trabalho de grupo senti que o meu colega apesar de todas as suas dificuldades é um jovem cheio de força, que as nossas diferenças não estão assim tão distanciadas porque tinha-me concentrado no que ele era capaz de fazer, e não nas suas dificuldades.
Foi interessante o facto de esta pequena experiência nos dar a ambos uma sensação de felicidade, de estarmos a criar laços e a melhorar a cidadania (ativa e não teórica), pois aqui há uma diferença essencial: passar por e estar com.
Através desta experiência, do projeto de cidadania, podemos ser, para além de melhores alunos, melhores pessoas, a começar com aqueles que estão ao nosso lado todos os dias.
Bernardo Santos, 11.º 1 CT
No AEAMS é possível SER, aprender, conhecer e fazer de forma diferente. É tão importante o processo, como o produto, quando as pessoas se unem e partilham, numa relação saudável de construção de PESSOAS....
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